Para Heloísa Liberalli Belloto, a Diplomática, por definição ocupa-se da estrutura formal dos atos escritos de origem governamental e/ou notarial. Para a autora o campo de atuação da Diplomática gira em torno do verídico quanto à estrutura e a finalidade do ato jurídico. Já o da Tipologia gira em torno da relação dos documentos com as atividades institucionais/pessoais. Portanto, a autora não reconhece documentos do setor privado como documentos diplomáticos.
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Como fazer análise diplomática e análise tipológica de documentos de arquivo. São Paulo: Arquivo do Estado, 2002. 120p. (Como fazer, 8)
Para Luciana Duranti, a diplomática enquanto ciência independente, restringe seus estudos aos documentos da idade média, que se juntou à paleografia porque já estava confinada aos mesmos moldes de seu estudo. E, para ela existe ainda a diplomática que é uma ramificação da diplomática, onde os conceitos da segunda se esclarecem e dividem sendo aplicados pela primeira, em documentos únicos, concretos, reais, existentes e facilmente exemplificáveis. A diplomática especial pode identificar as regras por meio da crítica documental, como as que regem a gênese, a forma, o trâmite e a classificação dos documentos de arquivo público ou privado.
DURANTI, Luciana. Diplomatica: nuevos usos para una antigua ciencia. Trad. VAZQUEZ, Manuel de. Carmona: Asociación de Archiveros de Andalucía, 1997.
Os arquivistas de Madrid têm uma análise bem abrangente dos documentos. Para eles, todo documento pode ser diplomático, desde que, esteja devidamente contextualizado. A análise diplomática além de estudar elementos como a proveniência, formato, tipo, dentre outros, inova acrescentando a classificação arquivística e o ato jurídico que o documento está vinculado, sua razão legal de criação.
Grupo de Trabajo de Archiveros Municipales de Madrid.
Manual de tipologia documental de los municipios. Madrid: Consejeria de Cultura de la Comunidad de Madrid, 1988. (Archivos, Estudios, 2).
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